Gerenciadores de Pacotes

Deixe um Comentario
Os gerenciadores de pacotes, são um conjunto de ferramentas/aplicações que oferecem um método automático de instalação, remoção, configuração e atualização de pacotes das distribuições Linux. Contém a aplicação, informações de versão, fabricante e todas as suas especificidades.

Pacotes .deb e .rpm
Imagem: Representação simbólica de pacotes .deb e .rpm em um estado de sobreposição quântica, dependendo do observador pode ser um .deb ou um .rpm e o Tux curtindo muito expressando isso com um "Uhuu!" - Imagem criada no Gimp por eu mesmo (eu me esforcei!).


APT (Advanced Packing Tool)

O APT, Ferramenta de Empacotamento Avançada, é o conjunto de ferramentas que são utilizadas pelas distribuições Debian/Ubuntu e derivações para administrar os pacotes, por exemplo, .deb de maneira automática, como já explicado anteriormente. O APT é utilizado via linha de comandos, sim, isso significa usar o Terminal!

Comandos do APT

autoclean - Apaga arquivos antigos baixados para instalação;
check - Verifica se não há dependências quebradas;
clean - Apaga arquivos baixados para instalação;
dist-upgrade - Atualiza a distribuição;
update - Adquire novas listas de pacotes;
upgrade - Faz uma atualização;
install - Instala novos pacotes, especificar o pacote no próximo comando;
remove - Remove um pacote, especificar o pacote no próximo comando;
source - Faz o download de arquivos fonte;
build-dep - Configura as dependências de compilação de pacotes fonte.

Estes comandos são utilizados após o comando apt-get, exemplo:

sudo apt-get dist-upgrade

Comando utilizado para a atualização da distribuição.

Yum (Yellow dog Updater Modified)

Assim como o APT, o Yum é o gerenciador de pacotes de distribuições baseadas em Red Hat/Fedora que utilizam o sistema RPM (Red Hat Package Manager), os pacotes são conhecidos pela extensão .rpm. O funcionamento é semelhante ao do APT.

Comandos do Yum

check-update - Apenas exibe novas atualizações de pacotes.
update - Exibe e sugere a instalação das novas atualizações.
list - Lista as informações sobre os pacotes, é complementado com um dos comando abaixo:
        available - Pacotes disponíveis;
       extras - Exibe todos os pacotes instalados no seu sistema que não estão disponíveis nos repositórios listados pelo Yum;
       installed - Exibe os pacotes instalados atualmente no seu computador;
       obsoletes - Exibe os pacotes instalados não utilizados por algum repositório;
       updates - Exibe os pacotes que podem ser atualizados.

install - Assim como no APT, instala uma aplicação com todas dependências;
remove - Desinstala uma aplicação (pacote);
search - Busca pacotes com os termos requisitados.

Estes comandos são utilizados após o comando yum, exemplo:

yum update -y

Comando utilizado para a atualização de pacotes com confirmação já cedida (-y)

Daí você me pergunta:

Vou ter de usar o terminal sempre?!?

- Nem sempre, mas ainda bem que nós temos ferramentas deste tipo, por que se você quiser compilar um programa e cumprir todas suas dependências sem isso! Você é o cara!

Personal Packages Archives (PPA)

Deixe um Comentario
Aposto que alguns usuários novatos de Linux ficam muito intrigados com todo este universo em que o Linux se propaga! o assunto de hoje são os PPAs.

Lista de PPAs

PPA?!?


Um PPA simplesmente é um Arquivo de Pacotes Pessoais. Um repositório de softwares que se pode adicionar à uma lista do gerenciador de pacotes da distribuição, é como adicionar um canal extra onde sua distribuição possa adquirir novos softwares que não estejam nos repositórios padrões ou oficiais da distribuição, na Central de Programas. Estes pacotes estão armazenados no site launchpad e é mantido pela Canonical (a empresa que desenvolve o Ubuntu), serve como uma plataforma de contribuição e/ou disponibilização de softwares.

Geralmente estes PPAs são de desenvolvedores independentes ou de uma empresa, grupo de desenvolvedores, etc. Podem haver softwares em fase de desenvolvimento, beta ou completamente terminados e atualizados. Cada repositório (PPA) contém uma chave de validação, caso o repositório não ofereça esta chave que é requisitada e obtida automaticamente ao adicionar um PPA, o mesmo não será adicionado.

Adicionando um PPA


Para adicionar um PPA à sua distribuição a maneira mais prática e rápida é pelo Terminal, mas há também como adiciona-los via interface gráfica. A seguir explicarei como funciona o processo de adição de PPA pelo Terminal.

Após encontrar um PPA que queira adicionar à lista do gerenciador de pacotes, abra o Terminal (pressione as teclas Ctrl + Alt + T) e digite ou cole os comandos e em seguida forneça sua senha de usuário e pressione a tecla ENTER;

Entenda os comandos:

Naturalmente nas distribuições baseadas em Debian/Ubuntu os PPAs são informados seguidos de três linhas de comandos.

1.  sudo add-apt-repository ppa:NOME/VERSÃO
2.  sudo apt-get update
3.  sudo apt-get install NOME DO SOFTWARE

Primeira linha de comando:

sudo add-apt-repository ppa:NOME/VERSÃO

sudo: São dois comandos que requisitam acesso ao Super Usuário do sistema, somente este usuário pode fazer alterações em arquivos e pastas do sistema, então sempre que for utilizado o comando sudo antes de qualquer outro comando, ele irá requisitar sua senha. su - Super Usuário, do - Fazer/Faça.

add-apt-repository: É o comando que adiciona o repositório na lista do gerenciador de pacotes do sistema que será informado no próximo comando. add - Adicionar, apt - Gerenciador de Pacotes, repository - Repositório.

ppa:NOME/VERSÃO: É o endereço do repositório que está armazenado no launchpad.


Segunda linha de comando:

sudo apt-get update

apt-get: É o comando que informa ao gerenciador de pacotes que ele deve obter o que será solicitado no próximo comando. apt - Gerenciador de Pacotes, get - Obter.

update: Atualizar. É o comando que informa o que Gerenciador de Pacotes (apt) tem que obter (get), ou seja, Gerenciador de Pacotes, obtenha atualizações (apt-get update). Após este comando o gerenciador de pacotes começa a atualizar sua lista de repositórios (PPAs).


Terceira linha de comando:

sudo apt-get install NOME DO SOFTWARE

install: É o comando que informa o que o gerenciador de pacotes deve obter nesta ultima linha, é requisitado a instalação do software que anteriormente não era encontrado. install - Instale, NOME DO SOFTWARE.

- Beleza entendi como funciona esta parada aí de PPA, e agora eu quero tirar um PPA que não uso mais, o que eu faço?!?

Removendo um PPA


Utilize o comando a seguir:

sudo add-apt-repository --remove ppa:NOME/VERSÃO

--remove: Este comando informa ao gerenciador de pacotes que você quer remover um PPA da lista, é acompanhado do endereço do PPA que você pretende remover. Depois é só remover o programa pela Central de Programas se for de sua preferência.


Sem mais dúvidas, até a próxima!

Instalando uma Distro Linux (Anaconda)

Deixe um Comentario
Este artigo é a continuação do Instalando uma Distro Linux, que tive de separar porque ficou demasiadamente grandinho e cheio de imagens, o que poderia ocasionar um carregamento mais demorado da página se eu continuasse com o segundo tópico e etceteras e tals! Enfim vamos ao que interessa!

Em distribuições baseadas no Red Hat o aplicativo que te auxilia na instalação do sistema é o assim chamado Anaconda. O que você já sabe sobre instalação de distros baseadas no Ubuntu é aplicado da mesma maneira aqui. Talvez a interface do aplicativo lhe seja mais agradável e é igualmente fácil de utilizar como o Ubiquity!

2. Para distribuições baseadas em Red Hat/Fedora (Anaconda)

Após ter inserido o seu CD, Pendrive ou Disquete (ué, nunca se sabe!) com uma distribuição baseada no Red Hat/Fedora, por exemplo o próprio Fedora, temos a seguinte imagem.

Instalação - Bem-vindo ao Fedora
Nota: A interface vem por padrão em inglês, eu entrei no aplicativo de configuração da distribuição e alterei o idioma para português do Brasil antes mesmo do instalador me perguntar qual idioma usar na instalação!.

A tela inicial de boas-vindas da distro já lhe dá logo de cara duas opções gigantescas!

Experimentar: Continua utilizando o sistema pelo liveCD, que não modifica nem um kilobyte sequer de seus discos rígidos!

Instalar no disco rígido: O instalador lhe guiará para que possa instalar o sistema!

Instalação - Seleção de Idioma

Como na imagem acima você escolhe o idioma da instalação para prosseguir.

Resumo da Instalação
Janela - Resumo da Instalação

Após a seleção do idioma da instalação, é exibida uma tela com mais algumas opções, sendo estas sobre a localização, sistema e rede, a partir desta janela as alterações realizadas exceto Instalar, são salvas pressionando o botão Finalizado no canto superior esquerdo logo abaixo do título da janela:

Data e Horário:

Instalação - Data e Horário
Selecione sua zona horária para defini-la ao sistema.

Teclado:

Layout do Teclado - Instalação
O layout do teclado pode ser definido tanto aqui quanto no pequeno campo logo abaixo do título "Instalação do Fedora 20" (no caso) e salvando as definições pressionando o botão Finalizado.

Destino da Instalação:

Destino da Instalação
Selecione o HDD disponível, após selecionado será exibido um pequeno ícone preto no canto inferior direito do ícone do HDD. Feito isto, pressione o botão Finalizado, e surgirá a seguinte sub-janela de opções:

Opções de Instalação - Fedora
A primeira opção como descrito, faz tudo automagicamente. A segunda opção é a parte MANUAL, que por acaso eu selecionei, na segunda opção vamos para o gerenciador de discos, exibido na imagem seguinte!

Esquema de Partição LVM: Sendo bem direto, LVM é o Gerenciador de Volume Lógico (Logical Volume Manager), com este recurso é possível redimensionar um HDD que esteja alcançando seu limite de armazenamento utilizando outro HDD físico com espaço livre para aumentar o tamanho do volume, sendo que o sistema interpretará somente sendo 1 único disco rígido! É tipo uma partição lógica com discos rígidos físicos!!!

Criptografar meus dados: Como já dito. Basicamente, sua pasta de arquivos vira um arquivo que só pode ser acessado com sua senha e se você esquece-la, pode começar a chorar, por que nem o Super Usuário pode acessar esta pasta criptografada!


Particionamento Manual - Instalação
Pô, não tem coisa mais fácil que isso! (tem sim!)

Todas informações que você precisa, estão muito bem descritas em suas respectivas áreas!

Mesmo nesta área de criação manual, existe uma opçãozinha  que cria e configura as partições essenciais do sistema. É o link "Clique aqui para criá-las automaticamente.". Muito Útil!

Para criar as partições manualmente pressione o botão de + (Adição) e defina o ponto de montagem e tamanho. No campo "Capacidade Desejada ou mais conhecido como o Tamanho da partição utiliza-se valor em Megabytes. Veja a seguir!

Adicionar um ponto de montagem - Instalação

Após ter seu disco devidamente particionado, basta clicar no botão Finalizado.

Particionamento Manual (Partições criadas) - Instalação

Após essa ação o instalador retorna para a Janela do Resumo da Instalação, restando somente configurar a rede.

Configuração de Rede: Basta entrar na opção e definir as configurações de rede, terminado, clique no botão Finalizado.

Novamente na janela de Resumo da Instalação, clique no botão "Instalar"!

Configuração de Usuário - Instalação

Assim como no Ubiquity, enquanto os arquivos são copiados para as novas partições do HDD, 1. Defina a senha de root (Senha do Super usuário) e em seguida clique em Finalizado. 2. Crie seu usuário e clique em Finalizado.

Criar Usuário - Instalação
Agora só resta esperar o término da instalação!
Configuação - Fim da Instalação
Nota: No término da instalação tive de reiniciar o sistema manualmente através do menu da barra superior do gnome-shell (Canto superior direito).

Reinicie e comece a usar sua nova distro Linux!

Ufa! terminado, até o próximo artigo!

Instalando uma Distro Linux (Ubiquity)

Deixe um Comentario
Conheceu uma distribuição Linux e está afim de experimentar ou começar a usar de vez? Então, veja neste artigo como instalar uma distro Linux!

O processo de instalação de uma distro Linux pode acontecer por meio de uma interface gráfica ou como você já deve saber, através da linha de comando (Modo Texto, sem interface gráfica!). Abordarei neste e outro artigo o modo de instalação gráfica para distribuições baseadas no Debian/Ubuntu e distribuições baseadas em Red Hat/Fedora.

1. Para distribuições baseadas em Debian e Ubuntu (Ubiquity)

Em distribuições baseadas no Debian/Ubuntu o processo de instalação por modo gráfico é fornecido pela aplicação Ubiquity. Este aplicativo é que irá auxiliar o processo de instalação de uma maneira mais fácil e rápida.

Utilizei como exemplo o novo Ubuntu 14.04 LTS!

Instalação - Bem-vindo!

Como se pode observar na imagem acima, há um campo no lado esquerdo que se pode escolher o idioma do sistema e existem também, duas opções para prosseguir:

Experimentar: Escolhendo esta opção, você poderá utilizar o sistema diretamente do CD, ou melhor, LiveCD, sem ter que apagar ou utilizar um mísero bit do seu HDD (Hard Disk Drive).

Instalar: Esta opção te levará ao próximo passo, preparando para instalar, que é exibido na imagem abaixo.

Preparando para instalar

O instalador realizará um check-up para preparar a instalação. Não é obrigatório ter conexão com a internet, isso serve inicialmente para instalar atualizações ainda na instalação. A outra opção é para permitir a instalação de codecs proprietários (Flash Player, Decodificador MP3, etc.) no sistema.

Continuar: Esta opção te levará ao próximo passo, tipo de instalação, que é exibido na imagem abaixo.

Instalação - Tipo de Instalação
Imagem 3

Nesta etapa podemos observar duas opções:

Apagar disco e reinstalar: Após selecionar esta opção, você poderá selecionar em qual HDD você irá instalar o sistema. O disco selecionado será apagado e utilizado totalmente pelo sistema Linux e após isso você será redirecionado para a janela de Localização e logo depois para a configuração do layout do teclado e usuário.

Opção avançada: Nesta opção, você poderá observar todos os seus discos físicos e suas respectivas partições, poderá também apagar, criar, mover, etc. etc. e definir qual ou quais discos o sistema utilizará.

Instalação - Tipo de Instalação (Gerenciador de Discos)

Tendo selecionado opção avançada, vamos para um gerenciador de discos. Como vocês podem ver na imagem acima, selecionei um disco com 17 gigabytes, que tem o nome ATA VBOX HARDDISK e o Linux interpreta-o como sendo /dev/sda, o disco está completamente vazio.

Caso você já tenha o disco com partições e elas não estão sendo identificadas leia aqui que talvez possa lhe ajudar!

Instalação - Tipo de Instalação (Gerenciador de Discos - Criada uma nova tabela de partições)

Agora crie uma Nova tabela de partição, clicando no botão de mesmo nome! Imagem acima.

Instalação - Tipo de Instalação (Criar Partição)

E agora selecione o espaço livre e clique no botão + (Adição) no lado esquerdo um pouco mais abaixo, será aberta um janela para auxiliar na criação da partição:

Tamanho: Defina o tamanho da partição digitando o valor ou utilize os botões de + (Adição) e - (Subtração). O valor deve ser convertido para MB (megabytes), lembre-se para formar 1 GB são precisos 1024 MBs.

Tipo para a nova partição:
1. Primária - Uma partição primária possui um sistema de arquivos para que o computador reconheça e carregue o sistema operacional, geralmente instala-se o sistema operacional nesta partição!

2. Lógica - A partição estendida é uma partição que permite criar outras partições dentro, sendo estas, partições lógicas.

Exemplo:

1
2
3
4
Partição Primária
Partição Primária
Partição Primária
Partição Estendida
Partição Lógica
Partição Lógica
Partição Lógica

Naturalmente só podem haver 4 partições em um disco rígido (HDD). Observe que dentro da partição estendida, pode-se criar outras partições que serão reconhecidas pelo sistema operacional. É recomendado salvar seus arquivos, documentos nesta área!

Localização para a nova partição:
Início - Cria a partição no começo do disco rígido (da esquerda para a direita)
Fim - Cria a partição no fim do disco rígido (da direita para a esquerda)

Usar como: Especifique para que a partição será usada, um sistema de arquivos ou swap, vamos nos concentrar somente nestes dois!

Ponto de montagem: Informa o instalador do sistema para o que será utilizada a partição.

/ - Diretório Raiz, Informa que o sistema será instalado e utilizado neste partição!
/home - Diretório de Usuários, Informa que os arquivos dos usuários serão armazenados neste diretório!
Área de troca (swap) - Informa e define a partição selecionada como uma memória RAM adicional. Geralmente utiliza-se o mesmo ou menor tamanho de sua memória RAM física. Se o seu PC tem 4 GBs, a partição swap terá 4 GB ou menos se você preferir.

Instalação - Tipo de Instalação (Partições criadas e pontos do sistema definidos)

Tchanamm!!! Veja como defini os pontos de montagem do sistema. Só não sei a razão de eu ter colocado o swap no início do disco!
Geralmente faço desta maneira;

Raíz
Memória swap
Arquivos
/
swap
/home
9 GB
2 GB
6 GB
O Tamanho das partições são meramente ilustrativos!
Marque também a opção para formatar a partição, agora estando tudo pronto, clique em Instalar agora!

Instalação - Fuso horário

Quem escolheu Apagar disco e reinstalar na imagem 3 foi direcionado direto para cá, onde escolhe a região para definir o horário do computador.


Instalação - Layout do teclado

Em seguida o layout do teclado, você pode escolher um e testar no campo abaixo ou pressionar o botão Detectar layout do teclado.


Instalação - Configuração do usuário

Nesta etapa configura-se o usuário, basta preencher os campos definir uma senha e selecionar uma das opções;

Iniciar sessão automaticamente: Ao ligar o computador, entrará automagicamente no seu usuário sem solicitar sua senha!


Solicitar minha senha para entrar: O computador inicia, mas fica parado na tela de login esperando que o usuário selecione e/ou informe a sua senha!


Criptografar minha pasta pessoal: Basicamente, sua pasta de arquivos vira um arquivo que só pode ser acessado com sua senha e se você esquece-la, pode começar a chorar, por que nem o Super Usuário pode acessar esta pasta criptografada!



Instalação - Conheça o sistema enquanto é instalado

Dependendo do sistema, enquanto os arquivos são copiados e configurados é exibido um slideshow sobre o sistema.

Instalação - Conheça o sistema enquanto é instalado (Configurando o Hardware)

Espere mais um pouquinho! Dependendo do hardware do computador e do tipo de instalação o tempo pode variar. Se você optou por baixar atualização enquanto instala, além do hardware vai depender da velocidade de sua conexão com a internet!

Instalação Terminada!

Uhuu! Terminado, agora é só reiniciar e começar a usar!

Disponibilizarei o próximo tópico em uma outra postagem, porque além de ter muitas imagens já neste, ficou um pouco extenso!

2. Para distribuições baseadas em Red Hat/Fedora (Anaconda)

Clique no link acima para ver o processo de instalação em distros baseadas em Red Hat/Fedora.

Distribuições Linux

Deixe um Comentario
Quem ainda não conhece os muitos sistemas operacionais equipados com Kernel Linux, tem uma pequena tendência a se enrolar no entendimento e/ou na escolha da distribuição Linux que irá utilizar ou que utilizará em seu, digamos, amadurecimento no Universo Linux. Existem tantas distribuições quanto estrelas no céu (brincadeira, não são tantas assim!).

Uma distribuição Linux (também chamadas de distros), é composta basicamente por:
(claro que não é só com isso!)

1. Kernel Linux

Inicialmente uma distro tem o núcleo Linux, que é nada mais e nada menos que um gerenciador de recursos do hardware do computador, o núcleo basicamente faz com que o software consiga utilizar o hardware, sendo um intermediador nesta comunicação software e hardware.

O núcleo Linux foi desenvolvido por Linus Torvalds com a contribuição de outros programadores que se eu tivesse de citar seus nomes a lista seria imensa. O núcleo (Kernel em inglês) é disponibilizado sob a licença GNU GPL 2 que resumindo, dá a liberdade para que qualquer pessoa possa UTILIZAR, ESTUDAR, MODIFICAR e DISTRIBUIR de maneira livre ou comercial. O Kernel Linux é utilizado em mais aparelhos do que você possa imaginar. Se você tem um smartphone com Android... é isso aí mesmo! Acesse as informações legais do dispositivo e comprove você mesmo! (Configurações > Sobre o telefoneInformações legais > Licença > /kernel).
 
Tux
Desenho original de Larry Ewing que utilizou inicialmente o editor de imagens mais conhecido do mundo de código aberto, o GIMP.


2. Linux Standard Base (Base Padrão de Linux)

Esta é uma das características fundamentais de qualquer distribuição baseada em Linux. Quem utiliza distros Linux a mais tempo, provavelmente já teve que instalar um software de uma distro, por exemplo, .rpm (Red Hat Package Manager) (bem resumidamente, é o formato padrão de pacotes da distro Red Hat, este pacote contém um software pré compilado que pode ser instalado no sistema da maneira mais simples possível.), em uma distro Debian, naturalmente este usuário pesquisou e encontrou um conversor de pacotes .rpm para .deb (Formato de pacotes de distros Debian) e após a conversão executou seu software perfeitamente em sua distro Debian.

Daí você me pergunta... Oh My God, How it is possible?!? (claro se você ao menos tem noções básicas de inglês e queira utiliza-las! :)

O que garante a compatibilidade independente da distro que você está utilizando é a LSB (Acrônimo para Linux Standard Base), uma estrutura organizacional comum das distros que serve para  padronizar a estrutura interna de sistemas baseados em Linux. Aposto que você já deve ter notado em algum momento que os diretórios de distros Linux são praticamente os mesmos em qualquer que seja a distribuição. O LSB exige que os sistemas baseados em Linux utilizem uma mesma organização de diretórios com o FHS (Filesystem Hierarchy Standard ou padrão para sistema de arquivos hierárquico).

Se você é novato e está utilizando uma distro agora, te convido a abrir o disco onde sua distribuição está instalada e verificar, você encontrará com toda certeza os diretórios:

/bin (Comandos binários do sistema, exemplo cp - comando para copiar via linha de comando!)
/boot
/etc
/media (Quando conectar um pendrive ou inserir um CD ele será montado aqui!)
/mnt
/home (Seus arquivos pessoais estão armazenados dentro de uma pasta dentro deste diretório!)
/root (O diretório do famoso Super Usuário! também conhecido como # root)
/sbin
/sys
/tmp (Diretório de arquivos temporários!)
/usr
  /usr/games/ (Este é o mais legal!!!)
     /usr/share/games/

- Nossa como você sabe disso, você é um hacker ou algo do tipo?!? Não e Sim ao mesmo tempo, mas sei disso por simplesmente conhecer alguns dos padrões adotados pelo LSB. Claro que dependendo da distribuição podem existir diretórios a mais ou nem todos estes citados acima, isto pode depender do projeto.

No caso de um conversor de pacotes, pode haver um ou outro diretório específico de cada distro que o conversor tem instruções para copiar os dados nos diretórios que são equivalentes para armazenar aquele tipo de arquivo em distros diferentes.

3. Interface Gráfica ou não

A maneira como você interage com o computador é possível graças à Interface Gráfica... ou a ausência dela!

Existem várias interfaces gráficas para as distros Linux. Elas são desenvolvidas assim como as distros e cada uma tem um objetivo principal, seja este, tornar sua distro mais leve, consumindo menos recursos, ser totalmente personalizável, dar mais agilidade e praticidade ao usuário. Algumas distros no entanto, não vem acompanhadas com um interface gráfica tendo de utilizar o computador totalmente a partir de comandos, mesmo assim, se for de preferência do usuário pode-se instalar qualquer interface gráfica disponível.

Algumas das interfaces mais utilizadas nas distribuições são:

Gnome-shell
Gnome-shell
Interface Gráfica Gnome-shell

Gnome 2
Interface Gráfica Gnome 2, versão anterior ao novo Gnome-shell, uma das mais famosas até hoje - By Developers around the GNOME project [GPL (http://www.gnu.org/licenses/gpl.html) or LGPL (http://www.gnu.org/licenses/lgpl.html)], via Wikimedia Commons

Plasma - KDE
KDE
Interface Gráfica KDE, conhecida principalmente pela personalização.

XFCE

XFCE
Interface Gráfica XFCE, conhecida principalmente pela leveza e simplicidade.

E o Modo Texto
Modo de Texto na Distribuição Elementary OS Luna

4. Conjunto de Aplicações

GNOME Software Center icon (unofficial) by 0rAX0
Por ultimo, e podendo dizer, mais importante, os aplicativos. Afinal, do que adianta ter um belo núcleo, padrões e interfaces gráficas se você não tem o que fazer com isso, não tem como gerenciar seus arquivos, ver um vídeo, se entreter com um jogo, etcetera e tal.

Toda distro Linux vem acompanhado geralmente de:

Aplicações básicas como:
Calculadora e capturador de tela;
Gerenciador de arquivos;
Navegador Web;
Reprodutores de áudio e vídeo;
Visualizador de imagens e galeria;
Editor de texto simples e suíte de aplicações de escritório.

Aplicações do sistema:
Terminal;
Utilitários do sistema, como gerenciador de arquivos compactados e de discos;
Aplicativo de configurações do sistema e uma Central de Programas.

A instalação de novos softwares é realizada pelo gerenciador de pacotes de cada distro, assim pode-se instalar as aplicações da central de programas e de pacotes próprios do sistema com toda a facilidade que você pode ter. O maior esforço que terá de realizar é levar o cursor até o pacote, abri-lo e clicar em instalar, fim.

Algumas aplicações, no entanto, não são disponibilizadas na central de programas ou empacotadas para uma distro, mas como 99% das aplicações são de código aberto, basta baixar o código fonte e compilar o software desejado em sua distro. O código fonte muitas vezes vem compactado com a extensão .tar.gz , .tar.bz2 ou outras semelhantes.

Compilar um programa não é algo de extrema complexidade, as distribuições vem também acompanhadas de um excelente compilador. Os compiladores geram os arquivos executáveis que mais tarde serão utilizados pelo sistema, vez ou outra você precisará mais do que simplesmente compilar o programa, terá também que cumprir todas as suas dependências.

Basicamente para compilar um programa basta descompactar o código fonte, entrar no diretório descompactado ou na raiz do diretório como algumas pessoas gostam de ressaltar e executar os seguintes comandos no terminal (Ctrl + Alt + T) que fazem todo o trabalho duro (mesmo!):

./configure (verifica as características do sistema operacional, arquitetura, versões de bibliotecas, etc; gerando um arquivo de instruções que serão utilizadas pelo GCC. Coleção de Compiladores GNU)
make (compila o código fonte a partir das instruções criadas do comando anterior.)
make install (faz a instalação, copia os arquivos resultantes da compilação nos seus respectivos diretórios do sistema operacional. Geralmente só executa-se este comando com o Super Usuário.)

Juntando tudo isso e mais (se tivesse que explanar todos os assuntos está postagem não teria fim), é gerado então uma imagem de disco, que pode ser baixada gratuitamente ou de maneira comercial no site dos desenvolvedores e gravar em um CD, DVD, Pendrive, etc., etc., restando apenas instalar em seu computador!

Distribuições

Uma Distribuição Linux é um sistema criado para atender á alguma necessidade específica no âmbito tecnológico. Não importa se você é um usuário experiente ou apenas um alienígena novato, a maior parte das distribuições disponíveis para você são GRATUITAS, então se você quer conhecer ou usá-las, distro é o que não falta! Recomendo a leitura deste artigo para esclarecer dúvidas referente à arquitetura de bits em que as distros são disponibilizadas!

As distribuições mais populares atualmente para o uso doméstico são:

Ubuntu

https://design.ubuntu.com/brand/ubuntu-logo

Conhecida por ser a mais famosa distribuição Linux na face deste planeta, passou por muitas mudanças visuais e aprimoramentos desde sua primeira versão. Talvez a Canonical (empresa que desenvolve a distro) saiba o que está fazendo! Esta distribuição tem como base outra distribuição, a Debian. Atualmente existem outras diversas distribuições baseadas no Ubuntu, sendo algumas delas, Linux Mint, Elementary OS, Edubuntu. Enfim, se quiser conhecer todas as distribuições criadas com base na Debian, Slackware e Red Hat, veja a Linha do Tempo de Distribuições GNU/Linux (é como uma hierarquia do código genético).

O Ubuntu possuí uma espécie de esfera de distribuições oficiais, que são tituladas conforme a interface gráfica utilizada, por exemplo:

GNOME + Ubuntu = Ubuntu GNOME
KDE + Ubuntu = Kubuntu
LXDE + Ubuntu = Lubuntu
XFCE + Ubuntu = Xubuntu

Você pode conhecer todas aqui!

Web Site    Página de Downloads    Conheça

Linux Mint

Logo Linux Mint by Clement Lefebvre [CC BY]

Conhecida por ser uma distro que já vem completa para uso e é a mais recomendada para usuários comuns ou novatos. Esta distro tem como base o Ubuntu, mas recentemente seus desenvolvedores lançaram uma versão baseada no Debian, talvez queiram mais estabilidade retornando às raízes. Aliais, a distro vem com várias edições com outros ambientes gráficos, KDE, Mate, Cinnamon e Xfce.

Cinnamon - Linux Mint
Linux Mint com a Interface Gráfica Cinnamon
Web Site    Página de Downloads    Conheça

Debian

Debian Logo

Hmmmm... Não tenho muito o que falar, afinal está é a distro base das duas anteriores, então boa parte das facilidades que você conhecer utilizando o Ubuntu ou Linux Mint, pode acreditar que é graças ao projeto Debian!

Web Site    Página de Downloads    Conheça

Fedora

A distro Fedora originou-se um pouco depois de a empresa Red Hat voltar seus olhos para o mundo empresarial. A comunidade de usuários experts passou a desenvolver o Fedora Core que recebeu o nome de Fedora mais tarde. Por padrão o Fedora utiliza a interface gráfica gnome-shell, mas há também a KDE.

Web Site    Página de Downloads    Conheça

É claro que as distribuições Linux não tem somente foco em usuários comuns, existem distribuições para teste de segurança, servidores web, computação forense, estúdio de edições e por aí vai. Achou interessante? O site DistroWatch contém uma lista das 100 distribuições mais acessadas, além de suas respectivas peculiaridades. Faça o download de uma distro e instale em uma máquina virtual ou DualBoot e comece a experimentar o sabor da liberdade!

Fontes:


Imagens:
Tux - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tux.svg
Gnome-shell - http://www.gnome.org/gnome-3/
Gnome 2 - http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gnome-2-22.png
KDE - http://www.kde.org/workspaces/plasmadesktop/
XFCE - http://www.xfce.org/
Linux Mint - http://www.linuxmint.com/pictures/screenshots/qiana/gallery/thumb_5.jpg

Logos:
Ubuntu - http://design.ubuntu.com/wp-content/uploads/logo-ubuntu_st_no%C2%AE-black_orange-hex.svg 
Linux Mint - http://linuxmint-art.org/content/show.php/Official+logos+%28white+background%29?content=123381
Debian -  https://www.debian.org/logos/openlogo.svg

Outras fontes de consultas:
http://www.pathname.com/fhs/
http://www.linuxfoundation.org/collaborate/workgroups/lsb